segunda-feira, 17 de julho de 2017

Os 3 aspectos do desejo sexual

Resultado de imagem para desejo sexual

Neurobiologia do desejo (libido)

O desejo pode ser definido como um estado mental criado por quaisquer estímulos externos que induzam urgência em participar de uma atividade sexual.20 As manifestações de desejo aumentado incluem pensamentos ou fantasias sexuais, além da motivação para iniciar ou disposição para ser receptivo à atividade sexual. É útil considerar 3 aspectos não mutualmente exclusivos do desejo sexual: impulso, motivação e crenças ou valores.

O impulso sexual tem raízes biológicas e parece ser mediado pela ação excitatória da dopamina e pelos efeitos moduladores dos esteroides sexuais junto ao sistema mesolímbico do cérebro.28 Os processos corticais de ordem superior tendem a exercer influências excitatórias e inibitórias sobre os centros corticais inferiores. A dopamina intensifica o impulso sexual e o desejo de continuar a atividade sexual, depois de a estimulação sexual ter sido iniciada. Estes efeitos são inibidos pela serotonina. O estrógeno parece exercer um efeito permissivo discreto, enquanto a testosterona e a progesterona parecem influenciar o início da atividade sexual e a receptividade à abordagem do parceiro, respectivamente.28 As concentrações séricas de prolactina aumentam após o orgasmo, tanto nos homens como nas mulheres, sendo que a hiperprolactinemia crônica está associada a uma libido diminuída em ambos os sexos.29Estas observações sugerem que a prolactina pode ser um fator regulador que sinaliza para os centros do sistema nervoso central (SNC) envolvidos no início ou controle do comportamento sexual. Embora as vias sexuais em mulheres ainda necessitem de elucidações adicionais, foi constatado que os agonistas de alfa-MSH estimulam seletivamente os comportamentos de solicitação em fêmeas de ratos, bem como intensificam o desejo e estimulam a ereção em homens com disfunção erétil psicogênica.27

A motivação sexual é alimentada pela antecipação de um risco ou recompensa associados ao início ou à participação em uma atividade sexual. Os incentivos são diversos e podem incluir: sentimento de proximidade em relação ao parceiro; proporcionar ou sentir prazer sexual; alívio de tensão; engravidar; ou trocar favores sexuais por presentes tangíveis ou intangíveis. Ao contrário, a expectativa (com base em experiências negativas passadas) de dor ou lesão resultante da atividade sexual atua como um dos principais fatores de desestimulação.

As crenças ou valores incluem a personalidade de cada um e os fatores culturais que exercem influências excitatórias ou inibitórias sobre o desejo de engajamento em uma atividade sexual. A motivação e as crenças ou valores provavelmente afetam a libido via influências excitatórias e inibitórias corticais sobre estruturas corticais inferiores. Estudos adicionais são necessários para elucidar as vias específicas envolvidas.
Os conhecimentos sobre neurofisiologia básica da libido ajudam a predizer os efeitos de várias substâncias exógenas. Como esperado, a libido parece ser aumentada pelos intensificadores de dopamina, como as anfetaminas e os inibidores de recaptação de noradrenalina-dopamina (NDRI) (p. ex., bupropiona). Ao contrário, as substâncias que diminuem a atividade da dopamina diminuem a libido: são exemplos os bloqueadores do receptor de dopamina D2 e os inibidores seletivos de receptação de  serotonina (ISRS). A hiperprolactinemia (causada pelos macroadenomas hipofisários, lactação ou uso dos conhecidos agentes antipsicóticos típicos), a intoxicação com agentes depressores do SNC (p. ex., álcool) e o uso de antiandrógenos também diminuem a libido.
Felizmente, a libido diminuída não precisa ser relegada a uma mulher com vida sexual insatisfatória. Muitas mulheres cujo nível de desejo espontâneo está diminuído ou ausente preservam a capacidade de excitação e até de orgasmo, mediante uma forte motivação cognitiva ao engajamento na atividade sexual e com auxílio de técnicas de estimulação sexual habilidosas. 

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-medicine/5802/sexualidade_feminina_avaliando_a_satisfacao_e_abordando_os_problemas_%E2%80%93_jennifer_potter.htm


Resposta Sexual Feminina x Masculina

MODELOS DE RESPOSTA SEXUAL HUMANA

"Nas décadas de 60 e 70, Willian Masters e Virgínia Johnson realizaram estudos experimentais sobre a resposta sexual humana. Sua teoria foi formulada em laboratório onde era possível pesquisar cientificamente as modificações do corpo durante a atividade sexual. Masters e Johnson contaram com o apoio de pessoas voluntárias que permitiram o monitoramento das atividades sexuais através de um aparelho criado para detectar alterações de cor e temperatura corporais. Os autores concluíram que havia um padrão de resposta sexual para homens e mulheres, o qual foi chamado de Ciclo de Resposta Sexual Humana. Esse ciclo possui quatro fases distintas: excitação, platô, orgasmo e resolução. Esse modelo leva em consideração tanto os estímulos internos (desejos e fantasias) quanto os externos (provocados através dos sentidos).
Entretanto, o modelo explicativo de Masters e Johnson apresentava algumas falhas e irregularidades, pois os aspectos subjetivos e particulares da resposta sexual não eram considerados.

Partindo dessas falhas e na tentativa de superá-las e aprimorá-las, a psiquiatra Helen Kaplan, em 1979, completa o modelo da resposta sexual adicionando ao ciclo de Masters e Johnson o “Desejo”. Para a autora, antes da fase de excitação, o desejo era elemento fundamental da sexualidade. E, como as mulheres, após chegarem ao orgasmo, se estimuladas conseguem atingir o clímax quantas mais vezes forem possíveis, a fase de resolução não entra no seu modelo de resposta sexual." http://comsentir.com.br/modelos-biologicos-da-resposta-sexual/

Resultado de imagem para MODELO CIRCULAR DA RESPOSTA SEXUAL DA MULHER
a) Modelo Tradicional
Nos modelos tradicionais citados acima, os eventos prosseguem em etapas ordenadas. O desejo é necessariamente a 1ª etapa, a excitação a segunda e o orgasmo é a meta explícita, embora nem sempre seja alcançada., seguido da etapa da resolução. "Uma importante diferença entre os sexos está no fato de o orgasmo masculino ser seguido de um período refratário mais longo, enquanto múltiplos orgasmos sequenciais podem ser mais prontamente alcançados nas mulheres." (Potter J. Female sexuality: assessing satisfaction and addressing problems. ACP Medicine. 2009;1-23.)


Os modelos tradicionais de resposta sexual humana são lineares. Nos homens (a), o orgasmo é seguido de um período refratário, após o qual uma nova estimulação (linha azul) pode novamente produzir excitação e levar a um 2º orgasmo. As mulheres (b) podem ter apenas um único orgasmo (linha azul), múltiplos orgasmos (linha preta) ou atingirem um platô sem orgasmo (linha cinza).

MODELO TRADICIONAL

"A resposta sexual segue um padrão de estágios seqüenciais ou fases quando a atividade sexual continua. Primeiro, há a Fase de excitação marcada pelo aumento do pulso e da pressão sanguínea , aumento do suprimento de sangue na superfície do corpo, resultando em aumento da temperatura da pele, rubor e inchaço de todas as partes do corpo distensíveis (especialmente no peito e no peito feminino), mais rápido Respiração, secreção de fluidos genitais, expansão vaginal e aumento geral da tensão muscular. 

Estes sintomas de excitação eventualmente aumentam para um nível fisiológico quase máximo, a Fase Platô , que geralmente é de curta duração. Se a estimulação continuar, o orgasmo geralmente ocorre. O orgasmo é marcado por um sentimento de prazer intenso súbito, aumento abrupto dao batimento cardíaco e pressão sanguínea e espasmos dos músculos pélvicos causando contrações vaginais na fêmea e ejaculação pelo macho. Também pode ocorrer vocalização involuntária. O orgasmo dura alguns segundos (normalmente não mais de dez), após o qual o indivíduo entra na Fase de Resolução , o retorno a um estado fisiológico normal ou subnormal. 

Até a fase de resolução, os machos e as fêmeas são os mesmos em sua sequência de resposta, mas, enquanto os machos retornam ao normal, mesmo que a estimulação continue, a estimulação contínua pode produzir orgasmos adicionais nas fêmeas. 

Em resumo, após um orgasmo, um macho não responde à estimulação sexual e não pode começar a construir outra fase de excitação até que algum período de tempo tenha decorrido, mas as fêmeas são fisicamente capazes de orgasmos repetidos [orgasmos múltiplos]sem o "período de repouso" exigido pelos homens." https://www.britannica.com/topic/human-sexual-behaviour  Encyclopædia Britannica  Abril 10, 2016

b) Modelo Circular
"Basson desenvolveu um novo modelo de resposta sexual, em uma tentativa de transmitir mais habilmente a complexidade da função sexual feminina.17 Este modelo é circular e contém múltiplas alças de retroalimentação, por meio das quais o desejo sexual e a excitação podem ser intensificados ou inibidos [Figura 3]. O desejo espontâneo não é necessariamente um fator a ser incluído no ciclo. Apenas o sentimento de proximidade emocional e o engajamento em toques íntimos pode levar à excitação. Este modelo mais realista reconhece o fato de que a resposta subjetiva (proximidade emocional com o parceiro durante a atividade sexual) pode ser tão importante para algumas mulheres quanto a resposta física (atingir o orgasmo)." (Potter J. Female sexuality: assessing satisfaction and addressing problems. ACP Medicine. 2009;1-23.)

Para Basson muitas mulheres iniciam a experiência sexual em estado de neutralidade sexual, isto é, tendo uma necessidade não sexual em função de outros "ganhos": intimidade emocional, necessidade de maior proximidade, demonstração dos sentimentos pela ausência emocional ou física do parceiro. Sendo também importante a presença de estímulos sexuais adequados e da experiência sexual anterior. Este contexto apropriado propicia uma disposição da mulher para se focar em estímulos sexuais.







Ao final da década de 1990, Rosemary Basson, psiquiatra canadense, , acrescentou ao modelo tradicional aspectos relacionados à receptividade da mulher à experiência sexual. Nesse modelo alternativo, o desejo por intimidade, ao invés de um impulso biológico, desencadearia em muitas mulheres o ciclo de resposta sexual. Esse novo modelo da resposta sexual feminina  sublinha a interdependência das relações e dos fatores da função sexual em mulheres. Portanto, a sexualidade e a função sexual em mulheres (em sua maioria)  segue uma trajetória circular em que estímulos emocionais e de relacionamento são questões que desempenham um papel fundamental e o desejo sexual intrínseco desempenha um papel muito menor.


1ª. Fase: Início da atividade sexual com motivação não necessariamente sexual.
2ª. Fase: Receptividade ao estímulo sexual em contexto adequado, identificação da excitação sexual potencial (excitação subjetiva e resposta física), desencadeando a responsividade biológica.
3ª. Fase: Vivência da excitação subjetiva, que também pode desencadear a consciência de desejo sexual.
4ª. Fase: Aumento na intensidade da excitação e do desejo responsivo, podendo ou não ocorrer o alívio orgástico.
5ª. Fase: Satisfação física e emocional, aumentando a receptividade para iniciar a atividade sexual na próxima vez, o que fecha, portanto, um modelo circular. Havendo insatisfação física ou emocional, diminui a motivação para ser ativa sexualmente no futuro.Observou-se que o desejo inato ou espontâneo, experimentado anteriormente ao início da estimulação, pode algumas vezes estar presente, desencadeando o ciclo da resposta sexual e substituindo as duas primeiras fases. Caracteriza-se, neste caso, uma combinação com o modelo tradicional. Estabeleceu-se a ressalva de que a ausência do desejo espontâneo não caracteriza uma disfunção sexual.



FONTES:
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-medicine/5802/sexualidade_feminina_avaliando_a_satisfacao_e_abordando_os_problemas_%E2%80%93_jennifer_potter.htm  (Sexualidade feminina avaliando a satisfação e abordando os problemas – Jennifer Potter)
https://www.britannica.com/topic/human-sexual-behaviour  Encyclopædia Britannica  Abril 10, 2016
http://comsentir.com.br/modelos-biologicos-da-resposta-sexual/

quinta-feira, 13 de julho de 2017

O que é Gênero? qual a diferença entre Gênero e Sexo?

Resultado de imagem para GENDER AND BIOLOGICAL SEX
O QUE É GÊNERO?
"O gênero refere-se às características socialmente construídas de mulheres e homens - tais como normas, papéis e relacionamentos de e entre grupos de mulheres e homens. Isso varia de sociedade para sociedade e pode ser mudado.
Enquanto a maioria das pessoas nasce masculino ou feminino, são ensinadas normas e comportamentos adequados - incluindo como eles devem interagir com outros do mesmo sexo ou oposto dentro das famílias, comunidades e locais de trabalho. Quando indivíduos ou grupos não se "ajustam" as normas de gênero estabelecidas, muitas vezes enfrentam estigmas, práticas discriminatórias ou exclusão social - tudo isso afeta negativamente a saúde. É importante ser sensível a diferentes identidades que não se encaixam necessariamente em categorias sexuais masculinas ou sexuais.
As normas, os papéis e as relações de gênero influenciam a susceptibilidade das pessoas a diferentes condições e doenças de saúde e afetam o gozo de uma boa saúde mental, física e bem-estar. Eles também influenciam o acesso e o aproveitamento das pessoas dos serviços de saúde e os resultados de saúde que eles experimentam ao longo do curso da vida."

O QUE INFLUENCIA A FORMAÇÃO DO GÊNERO?
"o termo gênero surgiu a partir da constatação de que, para indivíduos com indicadores biológicos conflitantes ou ambíguos de sexo (i.e., "intersexuais"), o papel desempenhado na sociedade e/ou a identificação como masculino ou feminino não poderiam ser associados de maneira uniforme com ou ser preditos a partir de indicadores biológicos e, mais tarde, de que alguns indivíduos desenvolvem uma identidade masculina ou feminina em desacordo com seu conjunto uniforme de indicadores biológicos clássicos.
Assim, o termo gênero é utilizado para denotar o papel público desempenhado (e em geral juridicamente reconhecido) como menino ou menina, homem ou mulher; porém, diferentemente de determinadas teorias construcionistas sociais, osfatores biológicos, em interação com fatores sociais e psicológicos, são considerados como contribuindo para o desenvolvimento do gênero.  (DSM V)
O QUE É SEXO?  OU SEXO DESIGNADO?

Sexo:

"Sexo refere-se às características biológicas que definem os seres humanos como feminino ou masculinoEmbora esses conjuntos de características biológicas não sejam mutuamente exclusivos, pois existem indivíduos que possuem ambos, tendem a diferenciar humanos como machos e fêmeas. Em geral, em muitas línguas, o termo sexo é freqüentemente usado para significar "atividade sexual", mas para fins técnicos no contexto das discussões sobre sexualidade e saúde sexual, a definição acima é preferida." http://www.who.int/reproductivehealth/topics/sexual_health/sh_definitions/en/
"Compreende-se a identidade de gênero como um profundo sentimento interno da pessoa
e sua individual experiência de gênero, que pode ou pode não corresponder com o sexo atribuído*
no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, se livremente escolhido,
modificação da aparência corporal ou função por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e
outras expressões de gênero*1 incluindo vestimenta, fala e maneirismos.

A Identidade de gênero existe em um espectro. Isso significa que a identidade de gênero do indivíduo não é necessariamente confinada a uma identidade completamente masculina ou completamente feminina. Quando a identidade de gênero do indivíduo é diferente do sexo designado (atribuído) são comumente considerados como sendo Transgênero, fluido de gênero e / ou gênero queer (estranho).  Considerando que, quando a identidade de  gênero de um indivíduo alinha-se com o sexo atribuído, eles são comumente considerados cisgênero."  
 http://www.who.int/entity/gender-equity-rights/news/20170329-health-and-sexual-diversity-faq.pdf?ua=1
Resultado de imagem para SEXUALITY AND SEX
FONTES:
DSM V
OMS- ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SÁUDE (VER LINKS ACIMA)

terça-feira, 11 de julho de 2017

Conceitos chaves em sexologia -OMS

Resultado de imagem para  Key Concepts SEX



Resultado de imagem para Key Concepts SEX

"ORIENTAÇÃO SEXUAL

A orientação sexual refere-se a atração  física, romântico e / ou emocional  de uma pessoa
por outras pessoas. A Orientação Sexual é distinta da identidade de gênero.  A orientação sexual é composta por Três elementos: 

  • atração sexual, 
  • comportamento sexual  
  • e identidade sexual (1).Sexual

A orientação é mais frequentemente definida em termos de heterossexualidade para identificar aqueles que são atraídos por indivíduos de um sexo diferente deles próprios, e homossexualidade para identificar aqueles que são atraídos para indivíduos do mesmo sexo .

IDENTIDADE DE GÊNERO

Compreende-se a identidade de gênero como um profundo sentimento interno da pessoa
e sua individual experiência de gênero, que pode ou pode não corresponder com o sexo atribuído*
no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver, se livremente escolhido,
modificação da aparência corporal ou função por meios médicos, cirúrgicos ou outros) e
outras expressões de gênero*1 incluindo vestimenta, fala e maneirismos.

A Identidade de gênero existe em um espectro. Isso significa que a identidade de gênero do indivíduo não é necessariamente confinada a uma identidade completamente masculina ou completamente feminina. Quando a identidade de gênero do indivíduo é diferente do sexo designado (atribuído) são comumente considerados como sendo Transgênero, fluido de gênero e / ou gênero queer (estranho). 
Considerando que, quando a identidade de  gênero de um indivíduo alinha-se com o sexo atribuído,
eles são comumente considerados cisgênero.

Embora estes termos estejam aumentando em familiaridade em alguns países, em várias culturas
outros termos podem ser usados ​​para descrever pessoas que formam relações do mesmo sexo e aqueles que exibem identidades de gênero não binárias. *2
Em alguns desses países, o "terceiro gênero" é reconhecido tanto na lei como nas tradições culturais
e pode ter  a devida proteção legal  dos significados culturais, tradicionais ou religiosos.


A expressão de gênero, ao contrário da identidade de gênero, que é uma experiência interna; a compreensão do gênero, refere-se à forma como um indivíduo apresenta seu gênero para fora. Essas expressões de gênero são tipicamente através da maneira como se opta por se vestir, falar ou geralmente se comportar socialmente. Nossas percepções de gênero geralmente se alinham com o binário socialmente construído de formas masculinas e femininas de expressão. A forma como um indivíduo expressa seu gênero nem sempre é indicativa de sua identidade de gênero


*2 Specific Indigenous terms include Hijra (India), meti (Nepal), skesana (South Africa), motsoalle (Lesotho), kuchu (Uganda), waria (Indonesia), kawein (Malaysia), travesti (Brazil, Argentina), muxé (Mexico), fa’afafine (Samoa), fakaleiti (Tonga), hamjensgara (Iran) and TwoSpirit (North American Indigenous).


COMPORTAMENTO SEXUAL

O comportamento sexual é usado para descrever a forma como um indivíduo sexualmente

engaja com os outros. O comportamento sexual é nem sempre determinado pela orientação sexual  indivíduo.  Por exemplo, um indivíduo pode ser identificado como um homem  que faz sexo com

outros homens (HSH) independentemente de não fazem sexo com mulheres ou têm uma Identidade pessoal ou social, gay ou bissexual.

Este conceito é útil porque também inclui homens que se auto-identificam como heterossexuais, mas

Fazem sexo com outros homens e não de outra forma, ser alcançado através da saúde pública
Intervenções (3). O termo HSH também é útil na identificação de profissionais do sexo masculino cujos clientes incluem outros homens.

SEXUALIDADE
A sexualidade é um aspecto central do ser humano ao longo da vida que abrange comportamento
sexo, identidade e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade
e reprodução. 

A sexualidade é influenciada pela interseção de fatores biológicos, psicológicos,
sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, fatores históricos, religiosos e espirituais (4)


COMPORTAMENTO SEXUAL
O comportamento sexual é usado para descrever a maneira pela qual um indivíduo se envolve sexualmente com outros. O comportamento sexual nem sempre é determinado pela orientação sexual de um indivíduo.

Por exemplo, um indivíduo pode ser identificado como um homem que faz sexo com outros homens (HSH) independentemente de ter ou não sexo com mulheres ou ter uma identidade pessoal ou social, gay ou bissexual. Este conceito é útil porque inclui também homens que se auto-identificam como heterossexuais, mas que fazem sexo com outros homens e que de outra forma não seriam alcançados através de intervenções de saúde pública (3). O termo HSH também é útil na identificação de profissionais do sexo masculino cujos clientes incluem outros homens.



LÉSBICAS
As mulheres lésbicas e os homossexuais são atraídos por indivíduos do mesmo sexo e / ou de mesma
Identidade de gênero  (3).

Mulheres lésbicas e homens gays eram agrupados como homossexuais, mas este termo é já não é usado porque tem um histórico de Patologização injustificada de pessoas com Orientações não heterossexuais como Transtorno  de Saúde Mental.

BISSEXUAIS
As pessoas bissexuais podem ser atraídas por indivíduos do mesmo sexo ou de sexo diferente e /
ou identidade de gênero.

TRANSGÊNEROS
Transgeneros (às vezes abreviado para "Trans") é um termo guarda-chuva usado para descrever pessoas com uma ampla gama de identidades- incluindo pessoas transexuais, pessoas que se identificam como terceiro gênero e outros cujas aparência e características são percebidas como gênero atípico e cujo senso do próprio gênero é diferente do sexo que lhes foi atribuído no nascimento. Mulheres trans identificam
como mulheres, mas foram designados como homens quando eles nasceram. Os homens trans se identificam como homens mas foram atribuídos a mulheres quando nasceram. Algumas pessoas transgênero procuram cirurgia ou fazem uso de  hormônios para levar seu corpo a um alinhamento com sua identidade de gênero; outras não.
Resultado de imagem para SEXUALITY AND SEX

CISGÊNERO
Cisgênero significa ter uma identidade de gênero que combina com o sexo atribuído.

QUEER
 Queer é um termo guarda-chuva  [abrangente]que é comumente usado para definir lésbicas, gays, bi, trans e
outras pessoas e instituições à margem da cultura dominante. Historicamente, o termo tem sido usado para denigrar sexo e gênero de Minorias, mas mais recentemente tem sidor ecuperado por esses grupos e é cada vez mais usado como expressão de orgulho e rejeitar estreitos rótulos redutores. Queer pode ser um
termo conveniente e inclusivo quando se refere a problemas e experiências que afetam os muitos
grupos embutidos sob este guarda-chuva.
Porque ainda é usado para degradar as lésbicas, Gays, bissexuais e transgêneros, aqueles
Quem não se identifica como estranho é instado a use o termo com precaução, ou de modo algum.

INTERSEX
As pessoas da Intersex nascem com ou características biológicas do sexo (incluindo
anatomia sexual, órgãos reprodutivos e /ou padrões cromossômicos) que não se encaixam
nas definições tradicionais de homens e mulheres.

Essas características podem ser evidentes ao nascer ou emergir mais tarde na vida, muitas vezes na puberdade.
As pessoas intersexas podem ser submetidas a intervençoes no genero no nascimento ou no início da vida com com o consentimento dos pais, porém isso na prática é contestado por pessoas intersex
e tem sido objeto de um número de recomendações de especialistas em direitos humanos e corpos (5, 6).

HETERONORMATIVIDADE
Heteronormatividade é a suposição Que todo mundo é heterossexual e que
a heterossexualidade é "a norma". Entre ambos, indivíduos e instituições, isso pode levar à invisibilidade e estigmatização de outras sexualidades e identidades de gênero.

Frequentemente Incluído neste conceito está um nível de normatividade de gênero e papéis de gênero, a suposição
Que os indivíduos deveriam se identificar como homens e mulheres e sejam  homens masculinos e  mulheres femininas.


HOMOFOBIA.
A homofobia é o termo usado frequentemente para descrever a discriminação com base em
Orientação sexual ou identidade de gênero e pode incluir abuso verbal e físico.

No entanto, alguns usam o mais inclusivo o termo, heterosexismo, para descrever todas as formas de
discriminação contra pessoas que englobam Lésbicas, gays ou bissexuais.

TRANSFOBIA
Transphobia é a desvalorização negativa e tratamento discriminatório de indivíduos que não estão em conformidade com a apresentação e ou identidade às concepções convencionais de Gênero e / ou aqueles que não identificam com, ou expressam seu sexo atribuído.
 Transfobia e homofobia são intimamente ligados e interdependentes. Como qualquer forma de discriminação,  a transfobia pode ser pessoal ou sistêmica, intencional ou não intencional." (Gender, Equity e Human Rights(GER) FAQ on Health and Sexual Diversity -(WHO/FWC/GER   /16.2 - © WHO 2016.)

FONTE: 

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sexo, sexualidade e saúde sexual conforme a OMS

Resultado de imagem para oms


Definições:



"Sexo:

Sexo refere-se às características biológicas que definem os seres humanos como feminino ou masculinoEmbora esses conjuntos de características biológicas não sejam mutuamente exclusivos, pois existem indivíduos que possuem ambos, tendem a diferenciar humanos como machos e fêmeas. Em geral, em muitas línguas, o termo sexo é freqüentemente usado para significar "atividade sexual", mas para fins técnicos no contexto das discussões sobre sexualidade e saúde sexual, a definição acima é preferida.

Saúde sexual:

De acordo com a definição de trabalho atual, a saúde sexual é:
"... um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade; Não é apenas a ausência de doença, disfunção ou enfermidadeA saúde sexual exige uma abordagem positiva e respeitosa da sexualidade e das relações sexuais, bem como a possibilidade de experiências sexuais prazerosas e seguras, sem coerção, discriminação e violência. Para que a saúde sexual seja alcançada e mantida, os direitos sexuais de todas as pessoas devem ser respeitados, protegidos e cumpridos " (WHO  -organização Mundial da Saúde, 2006a).

Sexualidade

A saúde sexual não pode ser definida, entendida ou operativa sem uma ampla consideração da sexualidade, que está subjacente a comportamentos e resultados importantes relacionados à saúde sexual. A definição de trabalho da sexualidade é:
"... um aspecto central de ser humano ao longo da vida engloba sexo, identidades e papéis de gênero, orientação sexual, erotismo, prazer, intimidade e reproduçãoA sexualidade é vivida e expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, papéis e relacionamentos. Embora a sexualidade possa incluir todas essas dimensões, nem todas elas são sempre experimentadas ou expressadasA sexualidade é influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais. " (WHO - Organização Mundial da Saúde, 2006a)

Direitos sexuais

Há um crescente consenso de que a saúde sexual não pode ser alcançada e mantida sem respeito e proteção de certos direitos humanos. A definição de trabalho dos direitos sexuais abaixo é uma contribuição para o diálogo contínuo sobre direitos humanos relacionados à saúde sexual (1).
"O cumprimento da saúde sexual está vinculado à medida em que os direitos humanos são respeitados, protegidos e cumpridos. Os direitos sexuais abrangem certos direitos humanos que já são reconhecidos nos documentos internacionais e regionais de direitos humanos e outros documentos de consenso e nas leis nacionais. 
Os direitos críticos para a realização da saúde sexual incluem:
  • Os direitos à igualdade e à não discriminação
  • O direito de ser livre de tortura ou de tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante
  • O direito à privacidade
  • Os direitos ao mais alto padrão possível de saúde (incluindo saúde sexual) e segurança social
  • O direito de se casar e fundar uma família e entrar em casamento com o consentimento livre e pleno dos futuros cônjuges e a igualdade na e na dissolução do casamento
  • O direito de decidir o número e o espaçamento de seus filhos
  • Os direitos à informação, bem como a educação
  • Os direitos à liberdade de opinião e de expressão, e
  • O direito a um recurso efetivo para violações dos direitos fundamentais.
O exercício responsável dos direitos humanos exige que todas as pessoas respeitem os direitos dos outros.
A aplicação dos direitos humanos existentes à sexualidade e à saúde sexual constituem direitos sexuais. Os direitos sexuais protegem os direitos de todas as pessoas para cumprir e expressar sua sexualidade e desfrutar da saúde sexual, no respeito pelos direitos de terceiros e no âmbito da proteção contra a discriminação ".(OMS, 2006a, atualizado em 2010)

(1) Note-se que esta definição não representa uma posição oficial da OMS e não deve ser usada ou citada como tal. Em vez disso, é oferecido como contribuição para a discussão em curso sobre saúde sexual."

Fonte: 

Organização Mundial da Saúde- OMS
http://www.who.int/reproductivehealth/topics/sexual_health/sh_definitions/en/

Mitos e verdades sobre cinquenta tons de cinza

Atenção:  As  citações do livro  são da  versão em  português   literal  disponível no site   http://livroonline.org/50...